O Dia Nacional de Combate ao Fumo é celebrado em 29 de agosto para mobilizar profissionais e gestores sobre os impactos sanitários, sociais e econômicos do tabaco e reforçar ações de prevenção e cessação no país. A data foi criada em 1986 e integra a política brasileira de controle do tabagismo.
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Por que este tema importa para clínicas e consultórios
O tabaco continua sendo um dos principais fatores de risco evitáveis. A OPAS/OMS estima mais de 8 milhões de mortes/ano no mundo, incluindo óbitos por exposição passiva. O tabaco mata até metade de seus usuários. Esses números sustentam políticas de ambientes 100% livres de fumaça e ampliação do acesso a tratamento.
No Brasil, a vigilância por inquérito telefônico (Vigitel) registrou 9,3% de fumantes adultos em 2023 (10,2% homens; 7,2% mulheres), mantendo a trajetória de queda desde 2006, mas com atenção a tendências recentes e ao avanço de dispositivos eletrônicos.
O que a clínica pode fazer hoje
A boa notícia: intervenções simples e estruturadas aumentam a cessação e reduzem faltas por complicações de saúde.
Abordagem breve (5 As)
Pergunte, Aconselhe, Avalie, Ajude, Agende. A cartilha do INCA orienta o passo a passo da abordagem breve/mínima na rotina, inclusive na Atenção Primária e em serviços especializados.
Fluxo de tratamento pelo SUS
O Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) organiza oferta de tratamento gratuito (aconselhamento estruturado e farmacoterapia conforme PCDT), com coordenações estaduais/municipais e rede de serviços. Diretrizes e materiais estão disponíveis para gestores e equipes.
Protocolos e registro clínico
Formalize POPs para triagem do status tabágico, consentimento, plano terapêutico, prescrição segundo PCDT e monitoramento de eventos (ex.: efeitos adversos de medicamentos). O manual metodológico do SUS descreve a estrutura das sessões (intensivo e manutenção).
Integração com metas institucionais
Inclua indicadores como: proporção de pacientes triados quanto ao uso de tabaco, adesão a sessões, taxa de abstinência em 3 e 6 meses e reconvocação de faltosos.
Ambientes livres de fumaça: o que diz a lei
O Brasil consolidou ambientes 100% livres de tabaco em recintos coletivos (públicos e privados), reforçando o cumprimento da Lei nº 9.294/1996 e suas atualizações regulamentares (Lei 12.546/2011 e Decreto 8.262/2014). Isso protege pacientes, trabalhadores e reduz a normalização do consumo.
Brasil como referência internacional
O país figura entre os líderes mundiais na estratégia MPOWERda OMS (monitorar, proteger, oferecer ajuda, alertar, reforçar proibições de publicidade e elevar impostos), reconhecido por atingir os níveis mais altos de implementação das medidas. Para a clínica, isso significa um ambiente regulatório favorável à prevenção e à cessação.
Mensagens-chave para consultas e sala de espera
Benefícios imediatos ao parar: queda da frequência cardíaca e da pressão arterial; redução do monóxido de carbono sanguíneo em horas; benefícios pulmonares e cardiovasculares progressivos ao longo de semanas e meses. (Use estas mensagens nos materiais educativos da clínica.)
Encaminhamento rápido: facilite o acesso ao grupo/atendimento do PNCT no seu município e registre follow-up.
Combate à desinformação: destaque que “vapear” não é seguro e não tem aprovação regulatória como tratamento no país.
Como organizar o “Setembro sem Fumo” na sua clínica
Trilha do paciente: triagem ativa do status tabágico em todas as consultas; protocolo de encaminhamento em até 7 dias.
Agenda e lembretes: confirmar presença por SMS/WhatsApp; reagendar faltas na semana.
Educação: cartazes de ambientes livres de fumo e folder do PNCT; QR code para página de tratamento do INCA.
Equipe capacitada: treinamento rápido na abordagem breve; script de 3–5 minutos para cada categoria profissional.
Conclusão
O Dia Nacional de Combate ao Fumo é um convite à ação estruturada: triagem sistemática, oferta de tratamento, ambientes 100% livres de fumaça e mensagens consistentes contra produtos de tabaco, inclusive os eletrônicos. Ao alinhar protocolos da clínica às políticas e diretrizes oficiais, sua equipe aumenta taxas de cessação, reduz complicações e fortalece a experiência do paciente com ganhos para a saúde e para a gestão.
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
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