Diabetes: prevenção, cuidados e consciência para todos 

Diabetes: prevenção, cuidados e consciência para todos 

O diabetes é uma das doenças crônicas mais prevalentes no Brasil e no mundo, com impacto direto na saúde pública. No Dia Nacional do Diabetes, reforçamos a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do cuidado contínuo. Este artigo traz informações essenciais para profissionais, instituições e pacientes. 

Um alerta para a saúde pública 

O Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho, é uma data de conscientização sobre uma das doenças crônicas mais prevalentes no Brasil e no mundo.  

O objetivo do destaque é informar, prevenir e incentivar o cuidado contínuo com a saúde, tanto para quem convive com a condição quanto para os profissionais e instituições que atuam em sua prevenção e tratamento. 

Segundo dados do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o diabetes é responsável por milhões de mortes anuais, complicações como cegueira, amputações, doenças cardiovasculares e renais, além de representar um enorme impacto no sistema de saúde pública. 

O que é o diabetes? 

O diabetes mellitus é uma doença metabólica caracterizada pela elevação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue. Essa alteração pode ocorrer por: 

  • Produção insuficiente de insulina, hormônio que regula a glicemia; 
  • Resistência à insulina (quando o organismo não a utiliza corretamente); 
  • Ou uma combinação de ambos os fatores

Existem três tipos principais de diabetes: 

  • Tipo 1: doença autoimune, geralmente diagnosticada na infância ou adolescência; 
  • Tipo 2: mais comum, associada a fatores como obesidade, sedentarismo e genética; 
  • Gestacional: ocorre durante a gravidez e pode trazer riscos para mãe e bebê. 

Por que o Dia Nacional da Diabetes é importante? 

O Dia Nacional do Diabetes, instituído pela Lei nº 12.341/2010 é uma oportunidade para reforçar a importância do controle glicêmico, dos exames regulares e da adoção de hábitos saudáveis — ações que impactam diretamente a qualidade de vida dos pacientes. 

Além disso, é um chamado à mobilização de clínicas, hospitais, profissionais e instituições para a realização de campanhas de orientação, triagem e tratamento. 

Sinais de alerta 

Embora muitos pacientes com diabetes tipo 2 sejam assintomáticos por anos, alguns sinais devem acender o alerta: 

  • Sede excessiva e boca seca 
  • Vontade frequente de urinar 
  • Cansaço 
  • Visão embaçada 
  • Perda de peso sem causa aparente 
  • Infecções recorrentes 
  • Cicatrização lenta 

Diagnosticar o diabetes precocemente evita complicações graves e aumenta a efetividade do tratamento. 

Medidor de glicose, usado para tratamento de diabetes

Como é feito o diagnóstico da diabetes? 

O diagnóstico é feito por meio de exames simples de sangue: 

  • Glicemia de jejum: valor ≥ 126 mg/dL (em duas medições); 
  • Hemoglobina glicada (HbA1c): ≥ 6,5%; 
  • Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): glicemia ≥ 200 mg/dL após 2h; 
  • Glicemia casual: ≥ 200 mg/dL com sintomas característicos. 

Profissionais da saúde, como médicos e enfermeiras, devem sempre orientar sobre a realização desses exames em pacientes de risco, especialmente com histórico familiar, sobrepeso ou mais de 45 anos. 

Prevenção da diabetes: o papel da informação e do cuidado contínuo 

Mais de 90% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser prevenidos com mudanças no estilo de vida. A promoção da saúde é, portanto, um dos pilares mais importantes na luta contra o avanço da doença. 

Ações preventivas incluem: 

  • Alimentação equilibrada, rica em fibras, vegetais e alimentos in natura; 
  • Atividade física regular, com pelo menos 150 minutos semanais; 
  • Manutenção do peso saudável
  • Controle do estresse e do sono
  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool

Clínicas e profissionais devem atuar de forma proativa, oferecendo educação em saúde, rastreamento populacional e suporte contínuo aos pacientes. 

Viver com diabetes: cuidados diários e tecnologia a favor da saúde 

O tratamento do diabetes inclui mudança de hábitos, uso de medicamentos orais ou insulina e, principalmente, autocuidado. Os pacientes devem aprender a monitorar seus níveis glicêmicos e reconhecer sinais de descompensação. 

Hoje, a tecnologia tem sido uma aliada importante nesse processo, criando produtos que auxiliam o controle e monitoramento da doença: 

  • Glicosímetros modernos e sensores de glicose tornam o controle mais prático; 
  • Aplicativos de registro e alertas auxiliam na adesão ao tratamento; 
  • Bombas de infusão de insulina permitem controle mais preciso em casos graves. 

Além disso, existe uma ampla variedade de produtos voltados ao conforto e à segurança do paciente com diabetes, como curativos especiais, meias sem costura, seringas e dispositivos de aplicação humanizada. 

O impacto do diabetes nas instituições de saúde 

Do ponto de vista clínico e gerencial, o diabetes é uma das doenças crônicas mais custosas para o sistema de saúde. As complicações decorrentes do mau controle representam grande parte das internações por causas evitáveis, segundo o Ministério da Saúde. 

Por isso, clínicas e hospitais devem investir em: 

  • Protocolos de atendimento personalizados 
  • Treinamento das equipes multidisciplinares 
  • Linhas de cuidado estruturadas para o paciente crônico 

Instituições comprometidas com a atenção primária e acompanhamento longitudinal geram melhores resultados clínicos e reduzem os custos operacionais. 

Educação em saúde: profissionais como agentes de mudança 

Os profissionais da saúde desempenham papel essencial na prevenção, orientação e acompanhamento do diabetes. O contato direto com o paciente é uma oportunidade para gerar impacto real. 

Ações que fazem diferença: 

  • Esclarecer mitos e verdades sobre a doença; 
  • Ensinar como fazer o controle da glicemia corretamente; 
  • Reforçar a importância da adesão ao tratamento; 
  • Humanizar o cuidado com escuta ativa e empatia; 
  • Oferecer materiais informativos e acolhimento contínuo. 

Dia Nacional do Diabetes: o que sua clínica pode fazer? 

Se você é profissional da saúde ou gestor de clínica, aproveite esta data para engajar sua equipe e promover ações educativas. Algumas sugestões: 

  • Realizar triagens gratuitas de glicemia; 
  • Distribuir materiais informativos; 
  • Promover rodas de conversa com profissionais e pacientes; 
  • Compartilhar conteúdos educativos nas redes sociais; 
  • Atualizar protocolos de cuidado ao paciente diabético; 
  • Revisar os estoques e garantir materiais apropriados ao atendimento. 

Conscientizar é cuidar e a prevenção começa com informação de qualidade. 

Conclusão 

O Dia Nacional do Diabetes é muito mais do que uma data no calendário: é um convite à ação. É hora de unir forças entre pacientes, profissionais e instituições para construir um futuro com menos diagnósticos tardios, menos complicações e mais qualidade de vida. 

Fontes consultadas: 

  • Vigitel Brasil 2023 – Ministério da Saúde. Vigilância de fatores de risco. Acesso em: 12 mai. 2025 

* O conteúdo é de responsabilidade dos respectivos autores, portanto, profissionais de saúde devem ser sempre consultados.