No Brasil, a cada dois segundos, alguém precisa de uma transfusão de sangue. Ainda assim, menos de 2% da população é doadora regular, quando o ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seria entre 3% e 5%.
Com o objetivo de reforçar a importância desse gesto solidário, surgiu o Junho Vermelho, uma campanha nacional de conscientização sobre a doação de sangue, que acontece todos os anos. A Utilidades Clínicas apoia essa causa e acredita no poder da informação para salvar vidas.
Neste artigo, você vai entender a importância de doar sangue, quem pode doar, como é o processo e como clínicas, profissionais e pacientes podem se engajar nessa corrente do bem.
O que é o Junho Vermelho?
O Junho Vermelho é uma iniciativa nacional criada para sensibilizar a população sobre a necessidade contínua da doação de sangue, especialmente no inverno, época em que os estoques dos hemocentros costumam cair.
A campanha ganhou força a partir de 2015 e, desde então, é reconhecida por iluminar monumentos com a cor vermelha e promover ações de incentivo à doação em hospitais, escolas, empresas e instituições públicas.
Ela reforça uma verdade essencial: doar sangue salva vidas.
Por que doar sangue é tão importante?
O sangue doado é utilizado em diversos tipos de atendimento, incluindo:
- Cirurgias de emergência e eletivas;
- Tratamentos de doenças crônicas, como anemia falciforme e talassemia;
- Pacientes oncológicos que passam por quimioterapia;
- Vítimas de acidentes ou traumas graves;
- Mulheres com complicações obstétricas.
Um único doador pode salvar até quatro vidas. Ainda assim, o número de doações costuma ser insuficiente para atender à demanda de hospitais e hemocentros, especialmente em datas sazonais e feriados prolongados.
Quem pode doar sangue?
A doação de sangue é um procedimento seguro e rápido. De acordo com o Ministério da Saúde e a Anvisa, podem doar:
- Pessoas entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos com consentimento formal dos responsáveis).
- Com peso mínimo de 50 kg.
- Em boas condições de saúde.
- Alimentadas (evitar alimentos gordurosos antes da doação).
- Que não tenham feito tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses.
- Que não tenham sintomas de gripe, febre ou infecções.
O intervalo entre as doações deve ser de:
- Homens: 60 dias (máximo de 4 vezes ao ano)
- Mulheres: 90 dias (máximo de 3 vezes ao ano)
Importante: antes da doação, é feita uma triagem clínica e hematológica para garantir a segurança de quem doa e de quem recebe.

Como é feita a doação de sangue?
O processo de doação é simples, indolor e rápido, levando em média de 40 a 60 minutos. Ele segue os seguintes passos:
- Cadastro com documento oficial com foto;
- Triagem clínica e verificação de sinais vitais;
- Coleta do sangue (cerca de 450 ml);
- Lanche de recuperação oferecido ao doador;
- Processamento e análise das bolsas coletadas para exames de doenças transmissíveis.
O sangue doado é separado em hemocomponentes como concentrado de hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado, o que permite que uma única doação beneficie vários pacientes com diferentes necessidades.
Junho Vermelho nas clínicas, laboratórios e consultórios
Engajar-se com a campanha Junho Vermelho é uma oportunidade de ampliar o impacto social da sua clínica, laboratório ou consultório. Veja algumas ações que podem ser adotadas:
- Incentivar a equipe a doar sangue e divulgar nas redes sociais;
- Colocar cartazes informativos nos ambientes de atendimento;
- Oferecer apoio logístico para quem quiser doar (transporte até hemocentros, por exemplo);
- Promover mutirões em parceria com bancos de sangue locais;
- Criar ações educativas com pacientes sobre a importância da doação.
A presença ativa de profissionais da saúde nesse movimento é essencial para quebrar mitos e aumentar a confiança da população na doação.
Mitos comuns sobre a doação de sangue
Muitas pessoas deixam de doar por medo ou desinformação. Abaixo, desmistificamos algumas crenças incorretas:
“Doar sangue engorda ou emagrece”
Mito. A doação não altera o peso corporal.
“Vou sentir fraqueza por muito tempo”
Mito. A maioria das pessoas volta à rotina normalmente no mesmo dia.
“Tenho tatuagem, então não posso doar”
Depende. Pode doar se a tatuagem tiver mais de 12 meses.
“Pessoas com pressão alta não podem doar”
Depende. Se estiver controlada, com medicação e sob orientação médica, pode doar.
O papel da Utilidades Clínicas na rotina da doação
A Utilidades Clínicas apoia o Junho Vermelho e acredita que saúde se constrói em rede. Por isso, oferece um portfólio completo de produtos para laboratórios, clínicas, hospitais e profissionais envolvidos na coleta e processamento de sangue.
Entre os itens disponíveis estão:
- Agulhas e kits de coleta a vácuo;
- Luvas e EPIs para equipes de hemoterapia;
- Antissépticos como clorexidina e álcool 70%;
- Coletores perfurocortantes;
- Equipamentos de apoio e controle clínico.
Tudo com curadoria técnica, logística eficiente e atendimento especializado. Afinal, para garantir o cuidado, cada detalhe importa.
Como você pode ajudar?
Além de doar, você pode ser um agente multiplicador da causa. Veja como:
- Compartilhe nas redes sociais campanhas de bancos de sangue
- Leve amigos e familiares para doar com você
- Incentive sua empresa a criar campanhas internas
- Informe-se e desmistifique o processo de doação
Salvar vidas pode estar nas suas mãos!
Conclusão
A doação de sangue é um gesto simples, seguro e que faz uma diferença imensa na vida de quem precisa. O Junho Vermelho nos lembra de que a solidariedade pode (e deve) ser um hábito, e não apenas um ato isolado.
A Utilidades Clínicas se orgulha de fazer parte dessa corrente, apoiando a saúde com produtos confiáveis, informações acessíveis e presença ativa na rotina de quem cuida.
Juntos, podemos manter os estoques abastecidos, ampliar a conscientização e garantir que mais pessoas tenham a chance de viver com dignidade e segurança.
Fontes consultadas:
- Ministério da Saúde. Doação de sangue. Disponível em: https://www.gov.br/saude/ – Acesso em: 14.mai.2025
- ANVISA. Guia de Boas Práticas para Serviços de Hemoterapia. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/
- Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). Campanhas de doação de sangue.
- Hemoes e Hemorio. Programas estaduais de incentivo à doação de sangue.
*O conteúdo é de responsabilidade dos respectivos autores, portanto, profissionais de saúde devem ser sempre consultados.