A doação de sangue é um ato simples, rápido, seguro, e uma das formas mais diretas de ajudar quem enfrenta cirurgias, tratamentos oncológicos, acidentes ou doenças crônicas que exigem transfusões frequentes.
O Dia Nacional do Doador de Sangue, celebrado em 25 de novembro, é uma data criada pelo Ministério da Saúde para reconhecer a solidariedade dos doadores e estimular novas doações em todo o país.
Neste artigo, veremos como funciona a doação, quem pode doar, os principais cuidados e por que a conscientização é essencial para manter os bancos de sangue sempre abastecidos.
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Por que doar sangue é tão importante?
No Brasil, são necessárias mais de 3 milhões de transfusões de sangue por ano, segundo dados do Ministério da Saúde.
Cada doação, cerca de 450 ml de sangue, pode beneficiar até quatro pessoas, pois o sangue é separado em componentes diferentes (plasma, plaquetas, hemácias e crioprecipitado) usados em distintos tratamentos.
O sangue doado é usado em situações como:
Cirurgias de grande porte;
Tratamentos contra câncer;
Transfusões em partos e emergências obstétricas;
Anemias e doenças do sangue (como talassemia e anemia falciforme);
Acidentes e queimaduras graves.
O sangue não pode ser fabricado, por isso, a doação é insubstituível.
Dia Nacional do Doador de Sangue – 25 de novembro
Criada em 1964, a data reforça a importância da doação voluntária e regular.
O objetivo é manter estoques estáveis nos hemocentros, que costumam cair em épocas de férias, feriados prolongados e no inverno.
Em 2024, o lema das campanhas da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) foi:
“Doe sangue, doe plasma, compartilhe vida, compartilhe com frequência.”
A mensagem destaca que doar uma única vez não basta, é o hábito contínuo que garante estoques seguros e disponíveis o ano todo.
Quem pode doar sangue?
A doação é simples, segura e regulamentada pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.
Pode doar quem:
Tem entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de autorização do responsável);
Pesa mais de 50 kg;
Está em boas condições de saúde;
Apresenta documento oficial com foto;
Dormiu pelo menos 6 horas na noite anterior;
Está alimentado (evite alimentos gordurosos antes da doação).
Não pode doar temporariamente quem:
Está com febre, gripe, resfriado ou infecção;
Fez tatuagem ou piercing há menos de 12 meses;
Teve cirurgia recente;
Está gravida ou amamentando (até 12 meses após o parto);
Teve Covid-19 nos últimos 10 dias ou contato com infectados.
As triagens são sigilosas e garantem segurança tanto para o doador quanto para o receptor.
Como é feita a doação?
Cadastro e triagem clínica: verificação de dados e histórico de saúde.
Teste rápido de anemia e pressão arterial.
Coleta: realizada por profissionais treinados, dura cerca de 10 a 15 minutos.
Lanche e descanso: o doador recebe reposição de líquidos e orientações pós-doação.
Todo o material utilizado é descartável e esterilizado, eliminando qualquer risco de contaminação.
Cuidados antes e depois de doar sangue
Antes da doação:
Durma bem na noite anterior.
Alimente-se de forma leve.
Evite bebidas alcoólicas nas 24h anteriores.
Hidrate-se bem (água e sucos ajudam muito).
Depois da doação:
Permaneça no local por 15 minutos após o lanche.
Evite atividades físicas intensas no mesmo dia.
Mantenha-se hidratado e bem alimentado.
Caso sinta tontura, sente-se e eleve as pernas.
Quantas vezes posso doar sangue por ano?
Homens: até 4 vezes por ano (intervalo mínimo de 60 dias).
Mulheres: até 3 vezes por ano (intervalo mínimo de 90 dias).
A doação é segura, rápida e o organismo repõe o volume de sangue doado em 24 a 48 horas.
Tipos sanguíneos e compatibilidade
Tipo sanguíneo
Doa para
Recebe de
O−
Todos
O−
O+
O+, A+, B+, AB+
O+, O−
A−
A−, A+, AB−, AB+
A−, O−
A+
A+, AB+
A+, A−, O+, O−
B−
B−, B+, AB−, AB+
B−, O−
B+
B+, AB+
B+, B−, O+, O−
AB−
AB−, AB+
AB−, A−, B−, O−
AB+
AB+
Todos
O tipo O− é o doador universal, enquanto AB+ é o receptor universal.
Por que o Dia do Doador precisa ser lembrado?
Apesar de o Brasil contar com mais de 3,5 milhões de doadores por ano, apenas 1,8% da população doa sangue regularmente. O ideal seria entre 3% e 5%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A data de 25 de novembro serve para:
Agradecer aos doadores regulares;
Conscientizar novos doadores;
Manter o estoque estável nos bancos de sangue;
Reforçar o valor da solidariedade na saúde pública.
Como contribuir, além da doação?
Mesmo quem não pode doar pode ajudar:
Divulgando campanhas de doação;
Acompanhando familiares em hemocentros;
Organizando mutirões em empresas, escolas e clínicas;
Incentivando a doação voluntária regular.
Cada gesto conta, e pode representar o recomeço de alguém.
Conclusão
A doação de sangue é um ato simples, seguro e solidário que salva milhões de vidas todos os anos. Doe sangue, doe vida.
Um gesto que pode ser o início de uma nova história.
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
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