Tudo sobre seringas: guia prático e técnico 

Tudo sobre seringas: guia prático e técnico 

As seringas estão em praticamente todas as rotinas de saúde, da aplicação de medicamentos e vacinas em hospitais e clínicas ao manejo domiciliar sob orientação profissional. Escolher o tipo correto, entender volumes e escalas, adotar técnicas seguras e descartar adequadamente são pontos críticos para eficácia clínica, conforto do paciente e prevenção de infecções.  

Este guia traz tudo o que você precisa saber para comprar e usar seringas com segurança em ambientes médicos, de enfermagem, estética e veterinária, além de orientações para pacientes e cuidadores. 

Anatomia da seringa  

  • Cilindro (corpo): compartimento transparente com graduação que garante a leitura do volume aspirado/administrado. 
  • Êmbolo (pistão): desliza dentro do cilindro criando pressão negativa (aspiração) ou positiva (injeção). 
  • Cone/bico: ponto de conexão (com ou sem rosca) para agulhas ou outros acessórios. 

A precisão da graduação e o encaixe entre cone e agulha influenciam diretamente a segurança do procedimento, reduzindo vazamentos, desconexões e erros de dose.

Recomendações de boas práticas de injeção reforçam a importância de dispositivos íntegros, estéreis e de uso único.  

Sistemas de encaixe: Luer-Slip x Luer-Lock x Bico de cateter 

Luer-Slip (pressão) 

Encaixe por fricção/pressão. É prático para rotinas de baixo risco de desconexão e fluidos menos viscosos. 

Seringa Descartável Luer Slip 10 ml - BD

Seringa Descartável Luer Slip 10 ml – BD

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Seringa Descartável Luer Slip 5 ml com Agulha - Descarpack

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Seringa Descartável Luer Slip 1 ml com Agulha - BD

Seringa Luer Slip 1 ml c/ Agulha 13 x 0,38 mm – BD

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Luer-Lock (rosca) 

Possui rosca que trava a agulha ao cone. Indicado quando há maior pressão (lavagens/irrigação, medicações viscosas) ou risco de desconexão. Frequentemente preferido em rotinas hospitalares por segurança adicional. 

Siringas Luer Lock - Categoria

Confira todas as Seringas Luer Lock

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Seringa Luer Lock 3 ml - Descarpack

Seringa Descartável Luer Lock 3 ml – Descarpack

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Seringa Luer Lock 10 ml - BD

Seringa Descartável Luer Lock 10 ml – BD

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Bico de cateter 

Bico mais alongado, ideal para acoplamentos específicos (por exemplo, sondas/irrigadores), sem necessidade de agulha. 

Seringa Descartável Bico Cateter 60 ml – Descarpack

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Tipos de seringas mais usados 

1) Seringas hipodérmicas descartáveis (com ou sem agulha) 

Corpo transparente, estéreis e apirogênicas. Versionadas com agulha acoplada (conveniência e menor manipulação) ou sem agulha (para que o profissional defina calibre/comprimento conforme a técnica). 

2) Seringas de insulina 

Graduadas em unidades (U) e volumes menores (0,3 mL; 0,5 mL; 1 mL). Agulhas ultrafinas minimizam dor em aplicações subcutâneas frequentes. Úteis também a pacientes em autocuidado quando prescritas e orientadas. 

3) Seringas para tuberculina (1 mL) 

Alta resolução de dose (geralmente em décimos de mL), essenciais para PPD e administração de pequenos volumes

3) Seringas para tuberculina (1 mL) 

Usadas em diluições, irrigação de feridas, aspiração de fluidos e alimentação enteral (dependendo do acessório). Para pressões/viscosidades elevadas, prefira Luer-Lock. 

5) Seringas especiais 

  • Carpule (odontologia): para anestesia com ampolas tipo carpule. 
  • Com dispositivo de segurança: êmbolo/agulha com retração ou travas pós-uso, reduzindo acidentes com perfurocortantes (alinhado a recomendações internacionais).  
Foto de uma seringa em fundo laranja

Volumes, escalas e leitura correta 

Os volumes mais comuns e indicações gerais (sempre seguindo prescrição e técnica): 

  • 0,3–1 mL: insulina, PPD, microdoses, vacinas específicas. 
  • 3–5 mL: aplicações subcutâneas/intradérmicas/IM de rotina. 
  • 10–20 mL: diluições, medicações específicas, irrigação leve. 
  • 30–60 mL: irrigação/aspiração/enteral (com acessórios adequados). 

Dicas de leitura: alinhe o anel de vedação do êmbolo à marca da escala; elimine bolhas golpeando levemente o cilindro; aspiração e expulsão devem ser contínuas para evitar erros de dose. 

Como escolher a seringa certa   

  1. Via de administração & volume prescrito 

Defina o volume total e a precisão necessária (ex.: 1 mL para microdoses). 

  1. Encaixe e segurança operacional 

Para maior pressão, prefira Luer-Lock. Para rotina de baixo risco, Luer-Slip pode bastar. 

  1. Agulha compatível 

Se a seringa não vem com agulha, selecione calibre (G) e comprimento conforme técnica (IM, SC, ID, IV) e biótipo do paciente. 

  1. Contexto de uso 

Em preparo/aspiração frequente, considere agulhas de aspiração (ponta romba) para proteger o profissional e preservar o filo das hipodérmicas. 

Boas práticas de aplicação: o essencial 

  • Assepsia das mãos e do local; materiais íntegros e dentro da validade. 
  • Técnica asséptica durante aspiração e administração (evite tocar superfícies estéreis). 
  • Frascos multidose: use uma seringa/agulha por acesso; limite o uso compartilhado e, quando inevitável, siga rigorosamente as orientações do fabricante e de controle de infecção. 
  • Nunca reutilize seringa ou agulha (mesmo trocando a agulha). 
  • Descarte imediato em coletor rígido de perfurocortantes após o uso. 

Esses pontos estão alinhados a diretrizes internacionais de injeção segura (CDC/OMS), reduzindo riscos de infecções como hepatites B/C e HIV, além de surtos por contaminação de frascos.  

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Vias de administração e técnica (visão prática) 

Atenção: a seleção da via depende de prescrição e protocolo institucional

Intradérmica (ID) 

Pequenos volumes (0,1 mL), ângulo raso, com formação de pápula. Indicada para testes como PPD. 

Subcutânea (SC) 

Volumes reduzidos; usar agulhas curtas e calibres finos. Aplicações frequentes: insulina e alguns biológicos. 

Intramuscular (IM) 

Volumes moderados; exige comprimento adequado de agulha conforme biótipo/região. Técnica correta reduz dor e complicações. 

Intravenosa (IV) 

Somente por profissional habilitado; requer técnica asséptica rigorosa. 

Para detalhamento operacional, o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde traz passos práticos de preparo e administração (aplicável às técnicas de injeção e manuseio seguro). 

Segurança do trabalhador: NR-32 e prevenção de acidentes 

Acidentes com perfurocortantes estão entre os riscos ocupacionais mais comuns em serviços de saúde. A NR-32 estabelece diretrizes para proteção do trabalhador, incluindo dispositivos de segurança, EPI, treinamento e coleta segura.

Seringas com mecanismos de retração/trava e descarte imediato no coletor rígido reduzem significativamente a incidência de acidentes.  

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Descarte correto segundo a ANVISA 

No Brasil, o gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) é regulamentado pela RDC ANVISA nº 222/2018. Seringas (com ou sem agulha) jamais devem ir para o lixo comum.   

O fluxo mínimo inclui: segregação na fonte, acondicionamento em coletores rígidos para perfurocortantes, armazenamento temporário em área designada e destinação final por empresa licenciada, tudo descrito no PGRSS da unidade.  

Boas práticas de descarte na rotina: 

  1. Após o uso, não reencape a agulha; descarte de imediato no coletor. 
  1. Substitua o coletor ao atingir a linha de preenchimento (≈¾ do volume). 
  1. Mantenha os coletores próximos ao ponto de uso e fora do alcance de crianças/visitantes. 

Checklist rápido para compras  

  • Volumes necessários: 1 mL (PPD/insulina), 3–5 mL (rotinas), 10–20 mL (diluições), 30–60 mL (irrigação/aspiração). 
  • Encaixe: Luer-Slip (praticidade) x Luer-Lock (segurança/pressão). 
  • Com ou sem agulha: defina calibres (G) e comprimentos por via/técnica. 
  • Dispositivos de segurança: considere para reduzir acidentes ocupacionais. 
  • Estoque e descarte: garanta coletores de perfurocortantes e adesão ao PGRSS. 
Foto de um enfermeiro usando uma seringa no hospital

Dúvidas frequentes (FAQ) 

1) Posso reutilizar seringa ou agulha? 

Não. A recomendação internacional é uso único para prevenir contaminação cruzada e surtos associados a injeções inseguras.  

2) Luer-Lock é obrigatório? 

Não é obrigatório em todas as rotinas, mas é preferível quando há maior pressão/viscosidade ou risco de desconexão. 

3) Como descartar em domicílio? 

Se você realiza aplicações em casa sob prescrição, use coletor rígido apropriado e encaminhe conforme orientação da rede local de saúde/serviço contratado. A RDC 222/2018 orienta o gerenciamento pelos serviços geradores; na prática, clínicas e home care costumam prover o fluxo de recolhimento. Consulte seu município/serviço.  

4) Posso usar a mesma seringa para aspirar de frasco multidose e aplicar em vários pacientes? 

Não. Isso é prática insegura e proibida: cada acesso exige seringa e agulha novas; limite o uso de frascos multidose e dedique-os a um único paciente sempre que possível.  

Conclusão 

Conhecer anatomia, volumes, encaixes e técnicas seguras coloca as seringas a serviço da qualidade assistencial, com menor risco de eventos adversos. Em paralelo, cumprir a NR-32 e a RDC 222/2018 garante proteção ao trabalhador e descarte ambientalmente adequado.  

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Fontes  

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