Em 17 de setembro, o mundo se mobiliza para reduzir danos evitáveis na assistência à saúde. Em 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o tema “Cuidado seguro para cada recém-nascido e cada criança” e o slogan “Patient safety from the start!” (Segurança do paciente desde o início), destacando que um único incidente pode ter consequências por toda a vida e pedindo ações concretas nos serviços de saúde, especialmente para crianças de 0 a 9 anos.
No Brasil, a Anvisa e o Ministério da Saúde reforçam a agenda de segurança do paciente por meio do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) e de iniciativas específicas para a data, como webinars e materiais técnicos.
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O foco de 2025: pediatria e neonatologia
Crianças e recém-nascidos são particularmente vulneráveis: dependem de adultos para decidir, têm dosagens e equipamentos específicos e, em ambientes de maior complexidade (ex.: UTI neonatal), o risco de eventos adversos aumenta. A OMS estruturou cinco metas para orientar melhorias rápidas “no ponto de cuidado”.
5 metas práticas para sua instituição
1. Engajar crianças, pais e famílias
Informação clara e acessível: explique diagnóstico e plano de cuidado em linguagem apropriada à idade; entregue resumo de alta por escrito.
Presença dos pais: adote política de rooming-in e participação em decisões quando clinicamente apropriado.
Identificação segura: pulseiras invioláveis e dois identificadores em cada etapa.
Medição: use PREMs/PROMs para captar experiência e resultados reportados pela família.
2. Segurança de medicamentos em pediatria
Peso atualizado e balanças adequadas em todas as áreas pediátricas; cálculo eletrônico de dose sempre que possível.
Dupla checagem para medicamentos de alto risco; reconciliação medicamentosa nas transições.
LASA/Tall Man para fármacos com nome/embalagem semelhantes; organização física diferenciada.
Medição: acompanhe a proporção de erros de medicação e discrepâncias não intencionais.
3. Segurança diagnóstica
História clínica estruturada (incluindo sinais de perigo), checklists e segundas opiniões em casos complexos.
Protocolos para identidade de amostras e contestação de resultados incongruentes com o quadro clínico.
Ambiente de trabalho com menos interrupções e acesso a apoio à decisão; teleconsultas para casos difíceis.
Medição: monitore diagnósticos omitidos/atrasados e o tempo até avaliação de crianças com sinais de alarme.
4. Prevenção de infecções relacionadas à assistência (IRAS)
Cinco Momentos de Higiene das Mãos (OMS), EPIs conforme risco e técnica asséptica em dispositivos invasivos.
Reprocessamento/esterilização adequados; limpeza e desinfecção com insumos disponíveis e rotinas auditadas.
Gestão de resíduos e perfurocortantes conforme normas locais; monitoramento de CLABSI, VAP, sepsis e adesão a bundles.
Medição: taxas de IRAS, adesão à higiene das mãos e conformidade de limpeza ambiental.
5. Reduzir riscos para recém-nascidos pequenos ou doentes
Equipe treinada e suficiente, protocolos padronizados (triagem, emergências, medicação, prevenção de infecção).
Kangaroo Mother Care quando indicado, ambiente adequado (ventilação, leitos, energia/água).
Equipamentos funcionais e apropriados para o tamanho/idade, com manutenção registrada.
As metas acima derivam do documento oficial “World Patient Safety Day goals 2025”, que compila ações e indicadores práticos a partir de guias OMS. Utilize-o como referência para POPs, auditorias e formação continuada.
O que o Brasil já recomenda: pilares do PNSP
O PNSP (MS/Fiocruz/Anvisa) orienta serviços a instituírem Núcleos de Segurança do Paciente, implantarem protocolos (higiene de mãos, identificação, cirurgia segura, segurança de medicamentos, prevenção de quedas e lesões por pressão) e monitorarem eventos com cultura de aprendizado, não de culpabilização. Garanta políticas, indicadores e educação permanente alinhados ao PNSP.
Plano rápido de implementação
Diagnóstico: aplique um checklist das 5 metas na pediatria/neo; mapeie lacunas.
POP e treinamento: atualize/publique POPs; treine equipes (cálculo de dose, identificação, higiene de mãos).
Sistemas: garanta balanças infantis, calculadoras, etiquetas LASA/Tall Man e pulseiras; reforce registros e reconciliação.
Ambiente: pontos de higiene de mãos “à beira-leito”, rotas de limpeza e descarte; leitos sem superlotação.
Indicadores: defina metas para erros de medicação, adesão à higiene de mãos, IRAS e tempos de avaliação.
Com apoio da UC
A Utilidades Clínicas reúne linhas que facilitam a execução dos protocolos de segurança, com histórico de pedidos e filtros por categoria para reposição consciente:
O Dia Mundial da Segurança do Paciente não é apenas uma campanha anual: é um chamado à governança clínica e à prática diária de processos seguros.
Em 2025, o foco em neonatos e crianças lembra que segurança começa no primeiro atendimento e se sustenta com engajamento familiar, medicação segura, diagnóstico confiável, controle de infecção e cuidado neonatal qualificado.
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
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