O esfigmomanômetro é um instrumento essencial para a medição da pressão arterial, sendo amplamente utilizado por profissionais da saúde em clínicas, hospitais, consultórios e domicílios. Trata-se de um dispositivo de fácil manuseio, mas que exige atenção às técnicas corretas para garantir resultados confiáveis.
Neste artigo, você vai entender o que é o esfigmomanômetro, como ele funciona, quais os tipos disponíveis no mercado, como utilizá-lo corretamente e quais cuidados são necessários para manter sua durabilidade e precisão.
Braçadeira inflável (manguito) que envolve o braço do paciente;
Bomba de insuflação (pera) usada para encher a braçadeira com ar;
Manômetro que indica a pressão;
Válvula de escape de ar para controlar o esvaziamento da braçadeira.
Em alguns modelos, especialmente os aneroides, o esfigmomanômetro é utilizado em conjunto com um estetoscópio, o que permite auscultar os sons de Korotkoff — responsáveis por identificar os valores sistólicoe diastólico da pressão arterial.
Para que serve o esfigmomanômetro?
O esfigmomanômetro é utilizado para detectar e acompanhar alterações na pressão arterial. Com ele, é possível identificar condições como:
Hipertensão arterial (pressão alta);
Hipotensão arterial (pressão baixa);
Variações relacionadas ao estresse, medicamentos ou doenças cardiovasculares.
É uma ferramenta indispensável para:
Diagnóstico precoce de doenças cardíacas;
Monitoramento de pacientes crônicos;
Acompanhamento durante atendimentos de rotina ou emergenciais;
Controle da pressão em pacientes hospitalizados.
Quais são os tipos de esfigmomanômetros?
Atualmente, existem três principais tipos de esfigmomanômetro disponíveis no mercado. Cada um possui características específicas que se adaptam a diferentes contextos de uso:
1. Esfigmomanômetro aneroide (manual)
É o mais tradicional e amplamente utilizado por profissionais de saúde. Possui manômetro analógico (com ponteiro) e exige o uso de estetoscópio para auscultação.
Vantagens:
Alta durabilidade;
Não depende de baterias ou energia elétrica;
Mais econômico a longo prazo.
Desvantagens:
Requer habilidade técnica para auscultar os batimentos;
Pode sofrer descalibração com o tempo.
2. Esfigmomanômetro digital automático
Com leitura digital e inflagem automática, é ideal para uso doméstico e acompanhamento de pacientes com orientação médica. Alguns modelos medem também a frequência cardíaca.
Vantagens:
Fácil de usar, mesmo por leigos;
Resultados rápidos;
Alguns modelos possuem memória para registros.
Desvantagens:
Pode ser menos preciso em casos de arritmias;
Requer bateria ou fonte de energia.
3. Esfigmomanômetro de coluna de mercúrio
Considerado o padrão-ouro por muitos anos, é altamente preciso, mas seu uso tem sido descontinuado em diversos países devido ao risco ambiental do mercúrio.
Vantagens:
Alta precisão de leitura.
Desvantagens:
Risco de contaminação por mercúrio;
Mais difícil de transportar;
Pouco encontrado atualmente.
Como usar o esfigmomanômetro corretamente
O uso correto do esfigmomanômetro é essencial para garantir medições confiáveis. Veja o passo a passo para a aferição com o modelo aneroide, o mais comum em ambientes clínicos:
Posicione o paciente corretamente A pessoa deve estar sentada, com os pés apoiados no chão, costas eretas e o braço apoiado na altura do coração.
Envolva a braçadeira Coloque o manguito sobre o braço nu, cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital (dobra do cotovelo).
Coloque o estetoscópio Posicione a campânula do estetoscópio sobre a artéria braquial.
Insufle o manguito Use a bomba para inflar a braçadeira até cerca de 20 a 30 mmHg acima da pressão sistólica esperada.
Desinsufle lentamente Gire a válvula para liberar o ar gradualmente, observando o manômetro e ouvindo os sons com o estetoscópio.
Anote os valores O primeiro som audível indica a pressão sistólica (máxima). Já o último som audível indica a pressão diastólica (mínima).
Repita se necessário Aguarde pelo menos 2 minutos antes de repetir a medição, se for o caso.
Dicas para uma medição precisa
Evite conversar durante o procedimento;
O paciente não deve ter ingerido cafeína ou fumado nos 30 minutos anteriores;
Verifique se a braçadeira tem o tamanho adequado ao braço;
Realize a medição sempre no mesmo braço, preferencialmente o esquerdo;
Calibre o equipamento regularmente (no caso dos manuais).
Cuidados com o esfigmomanômetro
A durabilidade e precisão do esfigmomanômetro dependem diretamente de alguns cuidados importantes:
Armazenar em local seco e limpo, longe do calor e da umidade;
Evitar quedas ou impactos, que podem descalibrar o manômetro;
Limpar o manguito com pano úmido e álcool 70%, sem molhar o interior;
Verificar a calibração regularmente, especialmente para uso clínico;
Trocar baterias dos modelos digitais quando necessário.
Diferença entre modelos profissionais e domésticos
Modelos profissionais, como os aneroides, são indicados para uso em clínicas, consultórios e hospitais. Exigem conhecimento técnico, mas oferecem maior controle do processo de aferição. Já os modelos digitais são ideais para pacientes monitorarem a pressão em casa, com maior praticidade e sem necessidade de auscultação.
Em ambos os casos, a escolha deve considerar a frequência de uso, o perfil do paciente e o nível de precisão necessário.
Esfigmomanômetro vs. outros métodos de medição de pressão
Além do esfigmomanômetro, existem outros métodos e dispositivos de medição da pressão arterial, como:
Oxímetros de pulso com função de PA (menos precisos);
Wearables (relógios inteligentes) com monitoramento de pressão;
Totens automáticos em farmácias.
Apesar da conveniência, esses métodos não substituem o esfigmomanômetro em termos de precisão, especialmente para diagnósticos médicos.
Conclusão
O esfigmomanômetro é um dispositivo indispensável para o cuidado com a saúde cardiovascular. Dominar seu uso, conhecer as diferenças entre os modelos e aplicar boas práticas de medição são atitudes fundamentais tanto para profissionais quanto para pacientes que monitoram a pressão em casa.
Seja você um médico, enfermeiro, estudante ou cuidador, contar com um esfigmomanômetro confiável faz toda a diferença na promoção de uma saúde mais segura, preventiva e eficiente.
Fontes consultadas:
Ministério da Saúde. Manual de Hipertensão Arterial Sistêmica. Disponível em: https://www.gov.br/saude
Organização Mundial da Saúde (OMS). Cardiovascular Diseases. https://www.who.int/
Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes de hipertensão arterial. https://www.cardiol.br/
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
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