7 estratégias para aumentar a retenção de pacientes 

7 estratégias para aumentar a retenção de pacientes 

Reter pacientes é consequência de qualidade assistencial consistente, comunicação clara e experiências positivas ao longo da jornada. Para clínicas e consultórios, retenção não é apenas “marketing”: envolve segurança do paciente, continuidade do cuidado e processos que reduzem faltas e promovem vínculo.  

Neste artigo, você vai ver sete estratégias práticas com passos objetivos para começar hoje. 

1. Transforme a gestão com foco nos clientes

A retenção começa com escuta qualificada e participação do paciente nas decisões. Políticas como o HumanizaSUS e os referenciais da OMS para serviços integrados e centrados nas pessoas mostram que participação ativa melhora adesão e desfechos, o que sustenta o retorno do paciente. 

Como aplicar: 

  • Padronize acolhimento (primeira consulta, revisões, pós-procedimento). 
  • Registre preferências e necessidades (barreiras de acesso, horários, idioma/alfabetização em saúde). 
  • Inclua feedbacks estruturados (NPS clínico, formulários curtos) e devolutivas à equipe. 

2. Fortaleça continuidade e coordenação do cuidado 

A continuidade (relação mantida ao longo do tempo) e a coordenação entre profissionais reduzem erros, repetição de exames e abandonos. A OMS destaca essas dimensões como estruturantes de sistemas resolutivos. 

Como aplicar: 

  • Defina planos de seguimento claros (ex.: retorno em 30 dias; sinais de alarme). 
  • Liste responsáveis (profissional de referência e substitutos). 
  • Use lembretes de consultas de revisão e “busca ativa” para quem não retorna. 
Foto de uma médica em um atendimento clínco

3. Use lembretes e reconfirmação de consulta baseados em evidências

Há evidência consistente de que lembretes por SMS/telefone aumentam o comparecimento a consultas e reduzem “no-shows”. A OMS recomenda intervenções digitais na atenção à saúde, e revisões sistemáticas (incluindo Cochrane) mostram melhora significativa de presença. 

Como aplicar: 

  • Envie lembretes 48–72h antes com opção de confirmar/remarcar. 
  • Acione fluxo de recuperação (reagendamento automático após falta). 
  • Registre motivos de ausência para ajustes (horário, transporte, custo, preparo). 

4. Integre teleatendimento e canais digitais de orientação 

Modelos híbridos (presencial + remoto) reduzem barreiras e mantêm vínculo em acompanhamento de crônicos, reabilitação e educação em saúde. A OMS recomenda telessaúde e notificações digitais como suporte à continuidade

Como aplicar: 

  • Protocolos para consultas remotas (consentimento, registro, encaminhamentos). 
  • Mensagens pós-consulta com orientações (adesão, sinais de alerta). 
  • Fila de dúvidas assíncrona (com critérios) para evitar perda de seguimento. 

5. Padronize segurança do paciente

Experiências seguras e previsíveis constroem confiança, base da retenção. No Brasil, o Programa Nacional de Segurança do Paciente orienta práticas como identificação correta, comunicação efetiva e uso seguro de medicamentos. 

Como aplicar: 

  • Checklists e dupla checagem (medicação, procedimentos). 
  • Planos de comunicação com o paciente e família (entrega de preparo/alta). 
  • Monitoramento de eventos e devolutiva à equipe (aprender com incidentes). 
Foto de um médico, fazendo o atendimento de uma paciente em casa, promovendo acessibilidade

6. Redesenhe a agenda com foco em acesso e conveniência 

Faltas e abandono diminuem quando a oferta encaixa na vida real do paciente. Evidências brasileiras apontam que ajustes de horários, canais de contato e fluxos de confirmação reduzem o absenteísmo. 

Como aplicar: 

  • Ofereça janelas estendidas (início/fim de dia; sábados pontuais). 
  • Disponibilize múltiplos canais (telefone, WhatsApp, app, site). 
  • Crie vagas de “retorno rápido” para pós-procedimento e intercorrências leves. 

7) Meça experiência e retenção

Sem medir, não há gestão. Avalie taxa de retorno, intervalo médio entre consultas, no-show, cancelamentos, satisfação e resolução percebida. Compare por profissional/serviço e execute melhorias de curto ciclo (PDSA). 

Como aplicar: 

  • Defina indicadores e metas trimestrais. 
  • Rode testes rápidos (ex.: novo lembrete, novo horário, nova mensagem de preparo). 
  • Socialize resultados e reconheça boas práticas na equipe. 

Conclusão 

Retenção nasce de relações contínuas, seguras e úteis para o paciente. Estratégias centradas na pessoa, coordenação efetiva, uso responsável de tecnologias e um compromisso explícito com a segurança constroem confiança, e confiança gera retorno.

Ao organizar processos, qualificar pessoas e medir resultados, sua clínica sustenta vínculos duradouros e melhora desfechos. 

Fontes consultadas:

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