Spray Película Cavilon: tratamento de feridas

Spray Película Cavilon: tratamento de feridas

No manejo moderno de feridas, tão importante quanto o curativo é proteger a pele ao redor (perilesão) e outras áreas sujeitas à umidade, fricção e adesivos. As diretrizes nacionais de segurança do paciente e os protocolos de prevenção de lesão por pressão enfatizam rotinas para manter a integridade da pele e reduzir complicações como maceração e dermatite associada à incontinência (DAI).  

Nessas rotinas, películas de barreira sem ardor (no sting) ajudam a blindar a pele exposta à umidade e ao atrito, facilitando a adesão e a troca de curativos com menos trauma.  

O que é o Spray Película Cavilon 

O 3M™ Cavilon™ No Sting Barrier Film é uma película de barreira alcoól-free, de secagem rápida, que forma um revestimento transparente, respirável e impermeável sobre a pele.  

A formulação cria uma camada protetora contínua que não precisa ser removida entre aplicações, ajudando a reduzir dano por umidade, fricção, cisalhamento e adesivos. Em materiais técnicos do fabricante, o filme oferece proteção por até 72 horas, inclusive em áreas sujeitas a fluidos e sob curativos com adesivo.  

Indicação geral do fabricante: pele íntegra ou fragilizada (não é curativo para o leito da ferida). Pode ser usado ao redor de feridas e estomas, sob curativos adesivos e em pele exposta à umidade. 

Spray Protetor Cutâneo Cavilon 28 ml – 3M

Spray Protetor Cutâneo Cavilon – 28 ml (3M)

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Quando usar: indicações práticas 

Proteção perilesional (em torno da ferida) 

Aplicar na borda e pele adjacente para minimizar maceração por exsudato e o trauma nas trocas de curativo. Ensaios clínicos e revisões relatam melhor conforto, tempo de manejo e controle de eritema quando a pele perilesional é protegida com película acrílica, em comparação a pastas de óxido de zinco/petrolato.  

Dermatite Associada à Incontinência (DAI) e outras lesões por umidade (MASD) 

A película cria barreira contra urina/fezes e umidade, recurso amplamente adotado em protocolos de DAI. Relatos e revisões mostram redução de dor e custo de cuidado com esquemas de aplicação intermitente em comparação a barreiras tradicionais.  

MARSI (lesão cutânea relacionada a adesivo) e acesso vascular 

Aplicar antes de fitas e curativos de acesso venoso para diminuir risco de trauma na remoção. É descrita compatibilidade com CHG e PVPI, permitindo uso em rotinas de acesso vascular.  

Prevenção de dano em áreas de pressão e dobras 

Como parte do pacote para prevenção de lesão por pressão, a barreira ajuda a reduzir dano por umidade, fricção e cisalhamento em áreas críticas (sacro, calcâneos, dobras cutâneas), sempre dentro de um protocolo completo de prevenção (mudança de decúbito, superfícies de suporte, hidratação, nutrição, etc.). 

Para padronizar: adote POPs de pele/feridas descrevendo onde, quando e como aplicar película, e como registrar a aplicação no prontuário (área, data/hora, produto, resposta clínica).  

Protocolos hospitalares e universitários apontam ganhos de segurança ao padronizar essas rotinas. 

Como aplicar: passo a passo seguro 

  1. Higienize e seque a pele (perilesão/área a proteger). A pele deve estar visivelmente seca
  1. Agite o frasco. Aplique uma camada fina e uniforme: borrife mantendo distância suficiente para cobrir sem escorrer. 
  1. Deixe secar completamente antes de cobrir (filme transparente e não pegajoso). 
  1. Frequência: reavaliar a cada troca de curativo; conforme a exposição à umidade/atrito, a proteção pode se manter até 72 horas
  1. Reaplicação: não é necessário remover o filme anterior; reaplique sobre a pele limpa e seca. 
  1. Compatibilidade: a película é respirável, impermeável, transparente e compatível com antissépticos como CHG e PVPI.  

Não usar diretamente no leito da ferida (tecido exposto). Em pele muito irritada/alérgica, interrompa e avalie. Siga sempre a rotulagem e o POP do serviço. 

Foto de um médico tratando de um ferimento de uma criança com spray Cavilon

Perguntas frequentes 

Película de barreira “trata” a ferida?

Não. Ela protege a pele (perilesão, dobras, áreas com adesivos/umidade). O tratamento do leito da ferida envolve curativos apropriados, controle de exsudato, desbridamento quando indicado e manejo etiológico. 

Quanto tempo dura a proteção?

O fabricante informa até 72 horas, dependendo da exposição a umidade/atrito e das rotinas de higiene. Reaplique conforme avaliação clínica.  

Posso usar em pele frágil/idosos?

Sim, é sem ardor e projetado para pele delicada, inclusive sob adesivos; ainda assim, faça avaliação individual e monitore a resposta. 

Ajuda na DAI (dermatite por incontinência)?

Sim, compõe o cuidado para prevenir e manejar DAI como película de barreira contra urina/fezes, junto a higiene, hidratação cutânea e controle da umidade. Diretrizes e literatura especializada apoiam o uso.

Há evidência clínica?

Relatos, ensaios e revisões mostram benefício em conforto, tempo de manejo e proteção perilesional, além de custo-efetividade em alguns cenários (DAI/úlcera venosa). 

Regulação e qualidade segundo as normas dos do Brasil

Películas de barreira integrais (como o Cavilon) são dispositivos médicos e devem estar regularizados na Anvisa segundo a RDC 751/2022, que define classificação de risco, rotulagem e instruções de uso. Ao adquirir, verifique a regularização e siga as instruções do fabricante e do POP do serviço. 

Com apoio da UC 

A Utilidades Clínicas disponibiliza o Spray Protetor Cutâneo Cavilon 28 mL (3M/Solventum), indicado para proteção perilesional, DAI/MASD e MARSI, com compra prática e histórico de pedidos para facilitar reposição. Confira especificações e orientações de uso no rótulo: 

Spray Protetor Cutâneo Cavilon 28 ml – 3M

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Conclusão 

Em protocolos de feridas, proteger a pele é tão essencial quanto escolher o curativo. A película de barreira Cavilon ajuda a manter a integridade cutânea diante de umidade, fricção e adesivos, reduzindo maceração e trauma nas trocas.  

Com aplicação simples, transparente e durável, encaixa-se bem em rotinas de prevenção e manejo, desde que ancorada em POPs, monitoramento clínico e diretrizes oficiais.  

Fontes consultadas:

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