As hepatites virais representam um sério problema de saúde pública, com impactos importantes na vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, as campanhas de conscientização ganham força especialmente em julho — Mês de Luta Contra as Hepatites Virais — reforçando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e, sobretudo, da biossegurança nas rotinas de saúde.
Neste artigo, abordamos as principais formas de transmissão, os cuidados no ambiente clínico e como a biossegurança, aliada ao uso de equipamentos adequados, pode ser um escudo eficaz na proteção de profissionais e pacientes.
As hepatites virais são infecções que causam inflamação no fígado e são classificadas pelas letras A, B, C, D e E. No Brasil, os tipos mais frequentes e preocupantes são o B e o C, devido à sua alta capacidade de se tornarem doenças crônicas e silenciosas.
As formas agudas podem ser silenciosas ou apresentar sintomas como fadiga, náusea, dor abdominal, icterícia ou urina escura.
Já as formas crônicas progridem silenciosamente, com sintomas só em fases avançadas, como cirrose.
No contexto clínico, o risco de transmissão dos vírus das hepatites está especialmente associado ao contato com sangue contaminado.
Procedimentos como coleta de sangue, aplicações injetáveis, suturas, atendimentos odontológicos e até pequenas intervenções invasivas requerem atenção redobrada. Por isso, a adoção rigorosa das normas de biossegurança é fundamental.
A contaminação cruzada pode ocorrer por diversos meios, incluindo:
A biossegurança é um conjunto de ações voltadas à prevenção, minimização e controle de riscos biológicos, químicos e físicos que podem comprometer a saúde de profissionais, pacientes e meio ambiente. Quando aplicada corretamente, é uma aliada poderosa na luta contra as hepatites virais.
A eficácia da biossegurança está diretamente ligada à qualidade dos produtos utilizados nas rotinas clínicas. Alguns equipamentos são indispensáveis:
A esterilização por vapor saturado sob pressão é considerada o método mais eficaz. As autoclaves eliminam fungos, bactérias, vírus e esporos. Elas são ideais para materiais termorresistentes e indispensáveis em clínicas, consultórios e laboratórios.
A selagem correta dos pacotes a serem esterilizados é essencial para manter a integridade e garantir que o conteúdo continue estéril até o momento do uso.
Esses produtos são utilizados para validar os ciclos de esterilização. Os indicadores garantem que o processo atingiu os parâmetros ideais de tempo, temperatura e pressão.
Ideal para a limpeza prévia de instrumentos antes da esterilização. A cuba atua com ondas de ultrassom que removem resíduos orgânicos em áreas de difícil acesso.
Além dos equipamentos, a capacitação contínua das equipes de saúde é um dos pilares da biossegurança. É fundamental que todos compreendam a importância dos protocolos e saibam como aplicá-los corretamente, desde a triagem até o atendimento e o descarte de resíduos.
O uso correto dos EPIs e a manutenção dos protocolos de esterilização garantem a integridade física dos profissionais, evitando infecções ocupacionais e afastamentos por doenças preveníveis.
A prevenção das hepatites virais no ambiente de saúde começa com o conhecimento e a responsabilidade. A biossegurança é mais do que uma exigência: é um compromisso ético com a vida, com a saúde coletiva e com a segurança dos profissionais da linha de frente.
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Fontes consultadas
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