O Novembro Azul é o mês de conscientização sobre a saúde do homem, com foco especial no câncer de próstata.
No Brasil, estimam-se 71.730 casos novos/ano (2023–2025), segunda causa de óbito por câncer entre homens, o que mostra a importância de falar sobre prevenção, sinais de alerta e decisão informada sobre exames.
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Câncer de próstata: o básico em 1 minuto
Risco aumenta com a idade (principalmente após os 60 anos), história familiar e ascendência negra.
Sinais que merecem atenção: dificuldade para urinar, jato fraco, sangue na urina, necessidade de urinar muitas vezes (dia/noite). Esses sintomas não significam câncer por si, mas devem motivar avaliação.
Diagnóstico combina história clínica, exame físico, exames laboratoriais e, quando indicado, biópsia.
Exames de rotina: por que existem posições diferentes?
Ministério da Saúde/INCA:não recomendam rastreamento populacional (PSA/toque em homens assintomáticos sem avaliação individual), pois a estratégia pode trazer mais danos que benefícios em larga escala. A orientação é conhecer riscos/benefícios e decidir junto ao profissional.
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU): recomenda avaliação urológica individual a partir dos 50 anos; para homens negros ou com parente de primeiro grau com câncer de próstata, iniciar aos 45. A decisão de fazer ou não PSA/toque deve ser personalizada.
Consenso internacional (exemplo USPSTF): indica decisão compartilhada para homens 55 a 69 anos e desencoraja rastreio rotineiro 70+. Ajuda a entender como outros países ponderam benefícios x riscos.
O que isso significa para você: há benefícios potenciais (detectar tumores clinicamente relevantes mais cedo) e riscos (ex.: sobrediagnóstico, efeitos de biópsias/tratamentos). Por isso, converse com seu médico sobre seu perfil de risco, expectativas e preferências.
Decisão compartilhada: 6 perguntas para levar à consulta
Qual é meu risco individual (idade, família, ascendência)?
O que ganho e o que posso perder ao fazer PSA/toque agora?
Se o PSA vier alterado, quais são os próximos passos (repetição, biópsia, imagem)?
Como tratamentos se comparam (benefícios, efeitos, vigilância ativa)?
Com que frequência devo reavaliar?
Podemos registrar um plano e revisar em 12 meses?
Evidências recentes reforçam que políticas de decisão compartilhada aumentam a adequação dos exames ao perfil de cada homem.
Prevenção e hábitos que ajudam
Atividade física, controle do peso, alimentação com mais frutas/verduras e menos ultraprocessados, não fumar e moderação no álcool reduzem risco de vários cânceres e doenças cardiovasculares, e melhoram desfechos mesmo quando há diagnóstico oncológico. (Abordagens alinhadas às diretrizes de prevenção do INCA.)
Sinais de alerta: procure atendimento se você apresentar
Dificuldade para urinar, jato fraco, sangue na urina.
Dor óssea persistente, perda de peso inexplicada, dor lombar sem causa definida. Esses sinais têm várias causas possíveis, e a avaliação médica define a conduta correta.
Como organizar a sua campanha de Novembro Azul
Mensagem correta: informe que não existe “teste obrigatório” para todos; destaque decisão informada e busca por sintomas.
Acesso simplificado: crie fluxo de triagem com horário estendido, teleorientação e encaminhamento quando necessário.
Materiais educativos: use cartilhas e peças oficiais (INCA) e adapte à sua linguagem.
Indicadores de qualidade: número de homens orientados, tempo até a consulta presencial quando indicado, satisfação do usuário.
Perguntas frequentes
1) Todo homem precisa fazer PSA todo ano?
Não. O Ministério da Saúde/INCA não recomendam rastreio populacional; a SBU sugere avaliação individual (50+). Decida com seu médico.
2) Toque retal é obrigatório?
Depende do plano diagnóstico acordado. Em alguns casos, PSA e toque se complementam; em outros, pode não haver indicação imediata.
3) Tenho histórico familiar. Começo quando?
Fale cedo com seu médico; a SBU sugere iniciar a avaliação aos 45 se você for negro ou tiver parente de 1º grau com a doença.
4) Deu PSA alterado: é câncer?
Não necessariamente. PSA sobe por vários motivos. Muitas vezes, repete-se o exame, avalia-se o contexto e só então considera-se biópsia.
5) Telemedicina ajuda?
Sim, para orientação, decisão compartilhada e seguimento. Achados que exigem exame físico geram encaminhamento presencial.
Conclusão
O Novembro Azul convida a cuidar da saúde com informação de qualidade. Conhecer riscos, sintomas e posições das entidades ajuda a decidir melhor sobre exames e a agir mais cedo quando algo não vai bem. Fale com um profissional de confiança e construa um plano de cuidado que faça sentido para você.
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
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