No Brasil, doenças sazonais impactam fortemente a saúde infantil: no outono-inverno predominam infecções respiratórias (como influenza e VSR/bronquiolite); no verão-chuvoso, aumentam as arboviroses (especialmente dengue).
Organizar rotinas de prevenção, vacinação e reconhecimento de sinais de alerta reduz internações e sequelas evitáveis. A OPAS/OMS reforça, a cada temporada, a necessidade de vacinação e medidas de controle para vírus respiratórios; o Ministério da Saúde estrutura campanhas e diretrizes para respiratórios e arboviroses ao longo do ano.
Navegue pelo conteúdo
Como as estações afetam as crianças
Outono–inverno (mais frio e ar seco): picos de influenza e VSR, e risco maior de bronquiolite em bebês.
Verão–chuvas: aumento de dengue, chikungunya e zika, com sazonalidade associada à proliferação do Aedes.
Ano todo: diarreias virais e bacterianas, com surtos em creches/escolas, a prevenção passa por mãos limpas e água/alimentos seguros. (Ver manejo e SRO abaixo.)
Vacinas e imunizantes que fazem diferença
Influenza (gripe)
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos integram o público-alvo anual no Brasil. Primovacinação: duas doses para quem vacina pela primeira vez (6 meses a 9 anos); depois, 1 dose anual.
Consulte o Calendário Técnico 2025 e a Instrução Normativa para detalhes e particularidades regionais.
VSR (vírus sincicial respiratório): proteção para os menores
O Brasil incorporou imunização com nirsevimabe (anticorpo monoclonal) para gestantes e bebês sob critérios do SUS; em 2025, a pasta anunciou produção nacional e oferta ampliada. Siga os fluxos locais para elegibilidade e agenda.
Dengue (arbovirose)
A dengue tem padrão sazonal (períodos quentes e chuvosos). O SUS incorporou vacinação para 10–14 anos em localidades prioritárias, conforme cenário epidemiológico e pactuações com estados e municípios.
Verifique a disponibilidade na sua cidade/estado e siga o Plano de Contingência Nacional 2025.
Dica de serviço: mantenha o registro vacinal na Caderneta da Criança (física e digital) e atualize na consulta de puericultura.
Outono-Inverno: respiratórios em foco
Bronquiolite e outras infecções virais
Bebês menores de 2 anos são mais vulneráveis. O MS recomenda medidas não farmacológicas: higiene das mãos, etiqueta respiratória, ambientes ventilados, evitar exposição a pessoas doentes e atenção a sinais de alerta (tiragem subcostal, gemência, lábios arroxeados, apneia, febre alta persistente).
Diante de sinais graves, procure atendimento imediato.
Influenza: prevenção e sinais
Vacinar no momento oportuno (veja acima).
Sinais de gravidade: febre alta com prostração, dificuldade para respirar, recusa alimentar persistente, sonolência excessiva. Priorize avaliação rápida, sobretudo em menores de 2 anos, crianças com comorbidades e gestantes. (Alinhado às comunicações sazonais da OPAS/OMS para o Hemisfério Sul.)
Verão e chuvas: arboviroses em alerta
Dengue em crianças
A doença é endêmica e tende a piorar em períodos quentes e chuvosos. Em crianças, atenção a dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos e letargia. Esses sinais de alarme exigem avaliação imediata.
Prevenção: elimine criadouros (água parada), proteja-se de picadas (tela/mosquiteiro/repelentes adequados para idade) e acompanhe alertas locais. Para manejo clínico e classificação de casos, use o Protocolo Nacional.
Diarreias e vômitos: o que famílias e serviços devem fazer
Hidratação é a prioridade. A Solução de Reidratação Oral (SRO) é recomendada para a maioria dos casos leves a moderados; manter alimentação habitual conforme tolerância. Busque assistência se houver sangue nas fezes, desidratação (boca seca, diurese reduzida), vômitos incoercíveis, letargia ou piora rápida.
Em serviços, sigam protocolos nacionais de avaliação de desidratação e condutas padronizadas. (Ver materiais técnicos do MS sobre manejo de diarreia.)
Higienização das mãos: a barreira universal
Seja para respiratórios, diarreias ou surtos em escolas, mãos limpas fazem enorme diferença. Em serviços de saúde, use o Manual de Referência Técnica da Anvisa; em casa e nas escolas, incorpore a prática antes de comer, após usar o banheiro, após trocar fraldas, ao chegar da rua e após assoar/tossir/espirrar.
Quando procurar atendimento imediatamente
Respiração difícil, chiado intenso ou lábios/pele arroxeados;
Febre alta persistente ou convulsão;
Dor abdominal intensa, sangramento, vômitos repetidos (dengue/sinais de alarme);
Desidratação (sonolência, urina muito escura/escassa, choro sem lágrimas). Esses sinais aparecem nas comunicações oficiais do MS e nas notas técnicas sazonais.
Para serviços e clínicas: checklist de prontidão sazonal
Verifique estoques e fluxos de vacinação (influenza/dengue/covid-19 conforme público-alvo). Atualize agendas e lembretes.
Padronize POPs para síndrome gripal/bronquiolite (classificação de risco, oxigenação, referência) e dengue (classificação e sinais de alarme).
Higiene das mãos: pontos de álcool gel/água e sabão em áreas de espera; auditorias rápidas de adesão.
Comunicação com famílias: material claro sobre quando vacinar, como hidratar e quando procurar ajuda.
Monitoramento: acompanhe boletins locais (secretarias/estados) sobre sazonalidade de respiratórios e arboviroses para ajustar a oferta.
Com apoio da UC
Para colocar as rotinas em prática, a Utilidades Clínicas oferece categorias que ajudam na prevenção, triagem e cuidado domiciliar (sempre conforme orientação profissional):
Observação: dispositivos e insumos não substituem avaliação profissional. Siga a prescrição e as instruções de uso.
Conclusão
Planejar por temporada é fundamental na saúde da criança: no frio, fortalecer vacinação e vigilância de respiratórios; nas chuvas, intensificar controle do Aedes e educação para sinais de alarme.
A soma de vacinas no tempo certo, medidas de higiene, ambientes ventilados, hidratação adequada e protocolos padronizados em serviços reduz hospitalizações e salva vidas. Família e equipes, juntos, fazem a diferença, o ano inteiro.
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
Em tempos de avanços tecnológicos e diagnósticos cada vez mais precisos, um aspecto essencial no cuidado em saúde continua insubstituível: a empatia. Ouvir com atenção, acolher com respeito e entender as necessidades do outro são […]
O bisturi é um instrumento cirúrgico indispensável em hospitais, clínicas, consultórios e centros veterinários. Mais do que uma lâmina cortante, ele representa precisão, controle e segurança em diversos tipos de procedimentos. Neste artigo, você vai […]
A música está em tudo: fones no trajeto, trilhas no trabalho, cantigas na infância, corais na maturidade. Além do prazer, pesquisas mostram que ouvir, cantar ou tocar música pode influenciar humor, estresse, dor, sono, foco […]
Um dos principais instrumentos utilizados por profissionais da saúde para avaliação da visão é o oftalmoscópio. Este aparelho, presente em clínicas, consultórios e unidades hospitalares, é essencial para diagnósticos precoces e acompanhamento de diversas doenças […]
EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) são a última barreira na hierarquia de controle de riscos. Em serviços de saúde, complementam controles eliminatórios, de engenharia e administrativos, protegendo profissionais, pacientes e visitantes. Neste artigo veremos normas […]
A linha de óleos ozonizados AquaOzon reúne fórmulas pensadas para rotinas específicas de cuidado, do alívio muscular à hidratação intensa, passando pelo cuidado íntimo, equilíbrio da pele, uso versátil e higiene bucal. Mas qual versão […]