Setembro Verde é o mês de conscientização sobre doação de órgãos e tecidos no Brasil. Além das ações ao longo do mês, 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, quando o Ministério da Saúde reforça mensagens e dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Em 2024, o MS destacou o diálogo em família e a ampliação dos transplantes pelo SUS.
Mensagem central do Ministério da Saúde: converse com sua família e deixe clara a sua vontade de doar, a decisão familiar é determinante no Brasil.
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Como funciona a doação no Brasil
Qual a instituição responsável por organizar o processo?
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT), do Ministério da Saúde, que integra Centrais de Transplantes, Organizações de Procura de Órgãos e equipes transplantadoras. A lista de espera é única por estado ou região e acompanhada pelo SNT.
O que pode ser doado?
Rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino; e tecidos como córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões. Um único doador pode beneficiar várias pessoas.
Quando há doação após morte?
Em casos de morte encefálica (diagnóstico médico) ou parada cardiorrespiratória para alguns tecidos, seguindo critérios clínicos e legais.
Como funciona a doação em vida?
A lei permite doação entre parentes e, em situações específicas, entre não parentes com autorização judicial, sempre com avaliação médica e ética.
O que a lei diz e por que a família decide
A Lei 9.434/1997 estruturou a remoção de órgãos para transplante e, desde a Lei 10.211/2001, a retirada de órgãos post mortem depende de autorização do cônjuge ou parente até 2º grau, documentada no ato. Por isso, a conversa em vida com a família é o passo mais importante para quem deseja ser doador.
Como é confirmado o óbito para doação
A doação após morte encefálica só ocorre depois do diagnóstico médico de morte encefálica, feito por dois médicos qualificados, independentes da equipe de transplante, seguindo protocolo do CFM (Resolução 2.173/2017). A norma detalha critérios clínicos e exames necessários para segurança do diagnóstico.
Mitos e verdades: o que esclarecer em Setembro Verde
“Ter doador no documento basta?” Não. A família precisa autorizar no momento oportuno. Deixe sua vontade explícita aos seus familiares.
“Há fila diferente para quem tem plano de saúde?” Não. A lista é única, organizada por estado/região e monitorada pelo SNT; a alocação segue critérios técnicos e de compatibilidade.
“Doação desfigura o corpo?” Procedimentos seguem normas éticas e respeito à família. A doação não impede ritos de despedida; equipes são treinadas e reguladas. (Ver materiais do MS/SNT.)
Como cada setor pode contribuir
Famílias e comunidade
Converse hoje com seus familiares sobre a vontade de doar; compartilhe informações confiáveis (links do MS/SNT).
Em caso de perda de um ente querido, considere a doação quando houver indicação (a equipe do hospital orienta e esclarece dúvidas).
Escolas, universidades e empresas
Promovam rodas de conversa e campanhas educativas explicando: o que é o SNT, como funciona a lista, por que a família decide.
Incluam materiais oficiais em murais, intranet e redes.
Serviços de saúde (hospitais e APS)
Treinem equipes para abordagem familiar empática e baseada em evidências.
Notifiquem precocemente potenciais doadores às Centrais de Transplantes e sigam o protocolo de morte encefálica do CFM.
Dados recentes: por que a conversa aumenta vidas salvas
O Ministério da Saúde registrou crescimento dos transplantes em 2024, com 4.580 órgãos e 8.260 córneas doados no 1º semestre, avanço sobre 2023. O MS reforça que a decisão familiar é fator crítico para reduzir recusas e ampliar doações.
Passo a passo prático para quem quer ajudar hoje
Fale com a família: diga claramente “eu quero ser doador(a)”.
Compartilhe links oficiais nas suas redes.
Participe de ações de Setembro Verde na sua cidade (hospitais, secretarias de saúde).
Se trabalha em saúde, mantenha-se atualizado sobre o protocolo de morte encefálica e os fluxos da sua Central de Transplantes.
Conclusão
Setembro Verde nos lembra que doar órgãos é um ato de solidariedade com base científica e regulatória, capaz de transformar múltiplas vidas. Informação correta, conversa em família e processos bem organizados fazem a diferença. Ao fortalecer o conhecimento público e a articulação entre famílias, escolas, empresas e serviços, o Brasil amplia sua capacidade de salvar vidas.
Pós-graduada em Marketing Digital pela PUC Minas, atua desde 2020 no setor da saúde, desenvolvendo estratégias de comunicação e produzindo conteúdos relevantes e confiáveis para a área.
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